quinta-feira, 9 de julho de 2020

HISTÓRIA


Olá pessoal! Na semana passada vimos um pouco da politica do Brasil no inicio do sec XX. Hoje veremos um pouco sobre imigração, algo já bem antigo no país porem que se intensifica bastante no final do sec XIX e inicio do sex XX. Leia o texto com atenção e depois responda os exercícios. Se puder também assista para conhecer um pouco sobre o bairro da liberdade.

Bons estudos! Abraços profª Larissa #fiqueemcasa


Adaptado do texto:

Juliana Bezerra “Imigração no Brasil” disponível em:

https://www.todamateria.com.br/imigracao-no-brasil/


Imigração no Brasil

O processo de imigração no Brasil começou a partir de 1850 com o fim do tráfico de pessoas escravizadas.
Querendo apagar a herança escravocrata brasileira, o governo passa a estimular a entrada de imigrantes europeus, a fim de promover o "branqueamento" da população.

Características da imigração no Brasil

A abertura dos portos, ocorrida em 1808, possibilitou a entrada de imigrantes não portugueses ao Brasil. Neste momento, várias expedições científicas europeias visitam e divulgam a colônia portuguesa na Europa. Também se registra a instalação de profissionais liberais especialmente no Rio de Janeiro.
Com a proibição do tráfico de escravos, em 1850, o desenvolvimento das lavouras de café e o preconceito racial induziram a entrada de imigrantes europeus no país.
Com as guerras de unificação na Itália e na Alemanha, são trazidos pelo governo brasileiro para trabalhar nos cafezais.

Sistema de parceira e colonato

A imigração europeia no Brasil não foi homogênea para todas as regiões. Em São Paulo, observamos a implantação do sistema de parceira, onde o imigrante vinha trabalhar nas fazendas de café.
Já no sul do Brasil, a preocupação era povoar as grandes regiões desertas para resguardar a fronteira. Por isso, ali é aplicado o sistema de colonato.
Vejamos a diferença entre os dois sistemas.

Sistema de Parceria

Na primeira, os imigrantes que desejavam vir, eram contratado pelos proprietários das fazendas. Estes pagavam a passagem de navio, o deslocamento do porto até a fazenda, e a hospedagem. Deste modo, chegavam ao destino endividados e sem poder obter a sonhada propriedade da terra.
Igualmente, os colonos não podiam abandonar a fazenda enquanto não pagassem o que deviam.
Este sistema era tão cruel que foi registrada uma revolta de imigrantes alemães na fazenda Ibicapa, do Senador Vergueiro, em São Paulo. A consequência foi a proibição da imigração prussiana ao Brasil em 1859.

Sistema de Colonato

Na segunda fase foi aplicado o sistema de colonato e a vinda de imigrantes era assumida pelos governos provinciais (estaduais). Assim, o imigrante não vinha endividado.
Também recebiam uma remuneração mensal ou anual, podiam plantar alimentos para sua subsistência e estavam livres para deixar a propriedade.
Este sistema era mais atrativo para os imigrantes e muitas colônias puderam prosperar.

Suíços

Os primeiros imigrantes europeus não-portugueses a se estabelecerem no Brasil foram os suíços. Devido à falta de terras na Suíça, cerca de duas mil pessoas imigraram para o país entre 1818 e 1819 e se tornaram "súditas do Rei de Portugal."
Como a vinda foi negociada com o cantão de Friburgo, a localidade onde eles permaneceram passou a se chamar Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
Apesar das condições adversas, a imigração suíça continuou ao largo do século XIX, e os colonos foram se estabelecendo pela região serrana do Rio de Janeiro e nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Bahia.
Em Santa Catarina, várias famílias suíças povoaram a Colônia Francisca, atual Joinville, junto com imigrantes alemães.
Devido as más condições de vida e o tratamento de semi-escravidão que recebiam, a imigração em grande quantidade de suíços foi proibida após a década de 1860.

Alemães

Com a unificação aduaneira promovida no Império Alemão e o processo de Unificação Alemã, muitos camponeses perderam suas terras.
Embora já existissem cidadãos de origem alemã no Brasil, o dia 25 de julho de 1824 é considerado o marco da imigração. Nesta data, chegaram 39 imigrantes alemães à cidade de São Leopoldo/RS.
Incentivados pelo governo brasileiro, eles se dirigiram especialmente para o sul e a região serrana do Rio de Janeiro, em busca de terras para cultivo. Ali, tentaram reproduzir o estilo de vida de seus antepassados.
Por outro lado, o governo imperial esperava que eles ajudassem a defender as fronteiras brasileiras e muitos eram forçados a se alistar no Exército assim que desembarcavam.
Os alemães estão presentes em quase todos os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, principalmente nas cidades de Joinville, Blumenau e Pomerode.

Italianos

A Península Itálica passou por várias batalhas até alcançar a Unificação Italiana sob o reinado do rei Vitor Manuel II (1820-1878), em 1870. A partir dessa década, começam a chegar contingentes de italianos no Brasil e o fluxo só terminaria com a ascensão de Mussolini.
Desde o fim do tráfico de escravos, estimulava-se a vinda de italianos para o Brasil a fim de substituir os africanos escravizados.
O governo brasileiro pagava a passagem dos imigrantes em navios a vapor, lhes prometia salários e casas, algo que não era cumprido.
Os estrangeiros receberam incentivos, como a propriedade da terra e cidadania. Foi assim que surgiram na região sul cidades como Caxias do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves.
A presença italiana sente-se especialmente em São Paulo pelos seus aspectos culturais e políticos. Foram os imigrantes italianos que se tornaram os primeiros trabalhadores das fábricas de São Paulo.
Assim, fizeram as primeiras "caixas de socorro mútuo" com o objetivo de ajudar os operários quando ainda não havia sindicatos estabelecidos no Brasil.


Portugueses

A imigração portuguesa nunca deixou de acontecer, mesmo depois da independência e da separação de ambos países.
Com o aumento população portuguesa e a escassez de terras, vários empreenderam a viagem para a ex-colônia americana. No entanto, ao contrário de outros imigrados, a relação com os portugueses era mais fluida, pois alguns vinham, se enriqueciam e voltavam para Portugal.
De qualquer maneira, houve uma grande parte que permaneceu e foi engrossar o operariado brasileiro e o comércio. No século XX, a colônia portuguesa se junta em torno do futebol, fundando seus próprios clubes como Vasco da Gama, no Rio de Janeiro e Portuguesa, em São Paulo.
A ditadura de Antônio de Oliveira Salazar também foi motivo para que muitos portugueses deixassem sua terra e viessem para o Brasil.

Espanhóis

O terceiro contingente de imigrantes no Brasil, em termos de número, foram os espanhóis. Estima-se que entre 1880 e 1950 tenham entrado cerca de 700 mil espanhóis no país.
Destes, 78% se dirigiram para São Paulo, com o intuito de trabalhar nas lavouras de café e, mais tarde, nos laranjais; e o restante buscou grandes centros como Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Os espanhóis se organizavam em tornos de centros culturais como as "Casas de Espanha" que ensinavam música, dança e o idioma para os filhos de imigrantes e brasileiros.

Japoneses

A maior colônia de japoneses do mundo está localizada no Brasil. Os japoneses chegaram a partir de 1908, em São Paulo para trabalhar nas lavouras de café.
Estabeleceram-se também no Paraná e Minas Gerais e inovaram as técnicas de cultivo conhecidas no Brasil.
Veja também: Imigração Japonesa

Oriente Médio

Passaporte expedido em Beirute, Líbano, no ano de 1926 a Elias Hanna Elias, que se estabeleceu em Cantagalo/RJ
Devido às guerras e perseguições religiosas, houve a entrada de muitos imigrantes oriundos da Síria, Líbano, Armênia e Turquia. A maior parte se dirigiu para São Paulo, mas é possível encontrar descendentes no Rio de Janeiro, Bahia e em Minas Gerais.
Os sírios e libaneses eram pequenos agricultores na sua terra natal. No entanto, devido ao modelo de latifúndio encontrado no Brasil, eles não encontraram terras disponíveis para ocuparem.
Assim, dedicaram-se, principalmente, ao comércio como ambulantes e ficaram conhecidos como mascates. Com uma mala cheia de produtos, eles percorriam as grandes cidades e partiam para o interior do estado, acompanhando as linhas ferroviárias.
A segunda geração, os filhos dos imigrantes, entraram nas universidades e podem ser encontrados na cena política brasileira, na pesquisa acadêmica e no meio artístico.
Por serem oriundos do antigo e extinto Império Turco-Otomano, até hoje esses imigrantes são comumente chamados de "turcos" no Brasil.


Dica de estudo:
Se você puder assista o vídeo abaixo sobre os principais pontos turísticos do bairro da Liberdade, o bairro de cultura oriental de São Paulo. O bairro fica como dica de passeio para quando terminar a quarentena
Exercícios 
  1. Quais as causas para a forte migração que ocorreu no Brasil a partir de 1850?
  2. Explique a diferença entre o sistema de parceria e o sistema de colonato 
  3. Preencha a tabela abaixo com informações dobre as principais nacionalidades que imigraram para o Brasil:
Nacionalidade
Data + - da imigração
Causas da imigração
































  1. Lembrando que a escrividão no Brasil acabou em 1888 e que em 1850 já era propibida o trafico de escravos africanos, reflita: Por que os fazendeiros contrataram trabalhadores de outros países para trabalhar nas fazendas ao invés de contratar os próprios negros recém libertos ? O que você acha dessa atitude e como ela impactou a vida da população negra no pais ?

  1. Identifique a provável origem dos alimentos abaixo. Você já comeu alguns deles?

 Receita de Esfiha de carne do Arábia - iG






  Receita de Pastel de feira - Comida e ReceitasCopycat Auntie Anne's Pretzels

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