domingo, 4 de outubro de 2020

GEOGRAFIA

 Atividade de Geografia 9º ano do dia 05/10


Olá alunos, tudo bem? Para iniciar a aula vamos assistir aos vídeos a seguir:

https://www.youtube.com/watch?v=Gd9wlakhmjc

“Depoimento de um trabalhador escravo”- Imagens e depoimento 

https://www.youtube.com/watch?time_continue=163&v=Q1T9qRb9B8E&feature=emb_logo

“Ciclo do trabalho escravo” – Explicação de como ocorre o trabalho escravo

Agora leia o texto a seguir para responder os exercícios:

O trabalho escravo no Brasil

O trabalho escravo é uma grave violação de direitos humanos que restringe a liberdade do indivíduo e atenta contra a sua dignidade. O fenômeno é distinto da escravidão dos períodos colonial e imperial, quando as vítimas eram presas a correntes e açoitadas no pelourinho. Hoje, o trabalho escravo é um crime expresso no Código Penal e pode ser constatado a partir de qualquer um dos seguintes elementos: trabalho forçado, jornada exaustiva, servidão por dívida e condições degradantes.

Artigo 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalhando, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:

Pena- reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 1º. Nas mesmas penas incorre quem:
I- cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.
§ 2º. A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:
I – contra a criança ou adolescente;
II – por motivo de preconceito de raça, cor etnia, religião ou origem.

O crime, definido pelo Artigo 149 do Código Penal, refere-se a graves infrações trabalhistas, que afrontam a dignidade humana. Qualquer um dos quatro elementos é suficiente para configurar a exploração de trabalho escravo:

– TRABALHO FORÇADO: Submissão à exploração, sem possibilidade de deixar o local por causa de dívidas ou de ameaças.

– JORNADA EXAUSTIVA: Expediente desgastante que vai além de horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador.

– SERVIDÃO POR DÍVIDA: Fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho para “prender” o trabalhador ao local de trabalho.

– CONDIÇÕES DEGRADANTES: Elementos irregulares, que caracterizam a precarização da situação do trabalhador, como alojamento e alimentação precária, maus tratos, ausência de saneamento básico e água potável.

O governo federal brasileiro assumiu a existência do trabalho escravo contemporâneo perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995. Assim, o Brasil se tornou uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a ocorrência do problema em seu território. De 1995 até 2016, mais de 52 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas a de escravidão em atividades nas zonas rural e urbana.

No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. As atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego registrados de 2003 a 2018 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 70% são analfabetos ou não concluíram nem o 5º ano do Ensino Fundamental. Os trabalhadores rurais libertados são, em sua maioria, migrantes internos, que deixaram suas casas com destino à região de expansão agrícola e se empregaram em atividades como a pecuária, a produção de carvão, o desmatamento e o cultivo de cana-de-açúcar, soja, algodão e outras lavouras. Já no meio urbano, desde de 2010 têm crescido o número de trabalhadores escravizados em setores como a confecção têxtil, os quais são, em sua maioria, migrantes internacionais oriundos de países da América Latina, como Bolívia, Paraguai e Peru. Nesse período também foram registrados casos recorrentes na construção civil, com libertações de migrantes internos. O recente fluxo de haitianos e venezuelanos para o Brasil também já tem reverberado em libertações de trabalhadores desses países em território nacional. No geral, os migrantes saem de suas cidades e países atraídos por falsas promessas de trabalho, ou migram forçadamente por causa de sua precariedade socioeconômica.

http://escravonempensar.org.br/wp-content/uploads/2019/06/raiox-vertical-1.png.webpCom o objetivo de erradicar o trabalho escravo, o Estado brasileiro tem historicamente centrado esforços na repressão ao crime, dedicando-se a medidas como a fiscalização de propriedades privadas e a punição administrativa e econômica daqueles que empregam trabalhadores sob essas condições. Ainda que essas ações sejam fundamentais para libertar os trabalhadores e sancionar os responsáveis, elas são insuficientes para erradicar a prática do trabalho escravo. A erradicação do trabalho escravo deve passar também pela criação de políticas públicas articuladas que contemplem a assistência à vítima e a prevenção ao problema, de forma que os trabalhadores possam se desvincular da situação de exploração à qual estão ou podem estar submetidos. Dentre as políticas de prevenção, estão as ações afirmativas no âmbito da Educação.

Com esse tipo de iniciativa, realizado por meio da construção de processos formativos, divulgação de informações e promoção de debates sobre trabalho escravo, as comunidades alcançadas se tornam preparadas para enfrentar o problema e denunciar práticas exploratórias.

Assim, o programa “Escravo, nem pensar!”, desde 2004, tem voltado as suas atividades para servidores públicos da Educação e da Assistência Social. O contato direto desses profissionais com as comunidades e a sua capilaridade no território amplia o alcance das ações e mobiliza atores sociais locais, os quais, juntos, são capazes de compor uma rede engajada de enfrentamento ao trabalho escravo.

Fonte:http://escravonempensar.org.br/o-trabalho-escravo-no-brasil/#:~:text=O%20trabalho%20escravo%20%C3%A9%20uma,correntes%20e%20a%C3%A7oitadas%20no%20pelourinho.


Exercícios

  1. Qual a diferença entre o trabalho escravo do período colonial para o Brasil atual contemporâneo? Caracterize-o

  2. Quais os elementos para configurar exploração de trabalho escravo atualmente no Brasil?

  3. Qual o perfil desses trabalhadores escravizados no Brasil e em que atividades trabalham na área rural e urbana?

  4. O que podemos fazer para diminuir esse tipo de crime?

  5. Pesquise sobre o trabalho escravo na cidade de São Paulo e escreva resumidamente o que você descobriu e aprendeu.


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Correção das atividades do dia 21/09 dos 9º anos

  1. Resposta: PIB ou Produto Interno Bruto é o indicador da soma das riquezas produzidas por um país durante um determinado tempo como geralmente um ano. Ele é importante para saber se o país está tendo um bom desempenho econômico naquele período ou não. Além de comparar com outros países e fazer suas análises de crescimento ou fragilidades, caso não tenha apontado crescimento para saber o que deve melhorar.

  2. A previsão para o PIB 2020 segundo os gráficos analisados é de queda para todos os países, uns mais afetados e outros menos afetados como a China. Mas todos terão queda em relação a 2018 e 2019.

  3. Nenhum país não foi afetado pelo PIB pós pandemia de Covid19, mas o país menos afetado foi a China.

  4. Trilhas de Aprendizagem volume 2, página 189:

  1. Analisando as Anamorfoses esses três países aparecem de forma diferente quanto a distribuição de riquezas no país. Os EUA aparecem como o país com melhor distribuição de riquezas, ou seja, com renda per capita de 50.000 US a 100.000US, enquanto o Japão aparece com 10.000 a 50.000US e o Brasil com 1016,8 a 10.000 US. Portanto o Brasil tem a pior distribuição de renda entre os três países.

  2. Os países com maiores PIBs mundiais são EUA e China.

  3. Os EUA possuem melhor renda per capita, já a China com o melhor PIB mundial possui renda per capita igual ao Brasil de 1016,8 a 10.000 US. O que explica que o PIB pode esconder a pobreza e desigualdade social num pais. O IDH é um índice mais completo para analisar a qualidade de vida de um país.


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Correção da atividade de Geografia de 28/09

  1. Venezuela, Haiti, Cuba, Senegal, Guiné, Guiné Bissau, Nigéria, Angola, Líbano, Síria, China, Paquistão, República Democrática do Congo, Bangladesh.

  2. Por que houve um grande terremoto em 2010, que destruiu boa parte do país, que ficou sem condições de se reerguer, assim muitos haitianos emigraram em busca de melhores condições.

  3. Parte considerável da população refugiada vive em situação de grande vulnerabilidade no Brasil - desde a pobreza extrema dos venezuelanos em Boa Vista até a dificuldade em encontrar moradia decente em São Paulo.


Trilhas de Aprendizagem volume 2 – página 193 e 194


  1. Resposta pessoal

  2. Síria

  3. Refugiado é aquele que está na condição de ter que fugir de seu país de origem devido a guerras, perseguições políticas, desastres naturais, crises econômicas e humanitárias. É um deslocamento forçado feito pelo refugiado.

  4. É importante para evitar mais conflitos e honrar os direitos humanos.

  5. 654.600 imigrantes e refugiados americanos entre 2014 a 2017, isto deve-se a crises econômicas na América Latina, e desastres naturais como no Haiti.

  6. A relação é direta, pois viver em um país em guerra além da crise econômica você corre riscos de vida.


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