quarta-feira, 1 de julho de 2020

HISTÓRIA

02.07 – HISTÓRIA – 9º ano
Olá! Leia o texto abaixo, observe as imagens e responda os exercícios. Abraços profª Larissa #fiqueemcasa
Adaptado dos seguintes textos:
Bruno Izaías da Silva “Coronelismo” disponível em:
Eduardo Belém de Andrade Neto “VOTO DE CABRESTO: HISTÓRIA E PRÁTICAS ATUAIS” disponível em:
Coronelismo
Coronelismo é uma prática na política brasileira, um comportamento social e político prejudicial e recorrente. Se caracteriza pelo controle da política por um pequeno grupo de privilegiados que definem os rumos políticos de uma cidade ou região, utilizando-se muitas vezes de meios ilegais.
Voto de cabresto, forma utilizada para perpetuação do Coronelismo. Ilustração: Storni [domínio público], via Wikimedia Commons
Voto de cabresto, forma utilizada para perpetuação do Coronelismo. Ilustração: Storni [domínio público], via Wikimedia Commons
Essa prática tem suas raízes na colonização do Brasil, desde o momento que os primeiros capitães donatários foram escolhidos para ter a posse de grandes quantidades de terra, as capitanias hereditárias, controlando-as sem nenhum tipo de regulação. Eram portanto grandes proprietários rurais com poderes absolutos.
Esses coronéis exerciam, inclusive acima da lei, a autoridade de fato em sua “jurisdição”, que podia ser um vilarejo, uma pequena cidade, ou mesmo toda uma região. Sua palavra não poderia ser questionada, e a sua vontade política deveria prevalecer sempre.
Essa autoridade exercida de fato há tanto tempo passa a ser considerada “de jure” quando são conferidas a esses coronéis as distinções da Guarda Real, que os transformou em coronéis, no fim da monarquia. Com isso, se forma e fortalece uma elite agrária investida de autoridade que passa a dominar a política do país, ditando os rumos da nascente República. Com isso, surge a “oligarquia” rural, palavra que designa o governo de poucos.
A autoridade dos coronéis cresce enquanto evolui o processo político representativo, nos primeiros anos da República. Passam a ser a ser esses coronéis os controladores, fiscalizadores e manipuladores do processo político. Esse domínio ocorre enquanto o sistema político vai se aprimorando, alargando o direito ao voto a novas categorias sociais, criando e consolidando novos partidos e refinando a prática eleitoral.
Mesmo com as tentativas de aprimoramento do processo político, o coronelismo se mantém. É o coronel que controla os eleitores de sua região, impondo um curral eleitoral, onde a única forma válida de expressão política é a obediência à vontade do coronel. Institui-se o voto de cabresto, onde a população, dirigida pelo coronel, apenas referenda a sua vontade, votando no candidato favorável. Quem fosse contra, seja votando em outro candidato, seja não votando, seja manifestando qualquer contrariedade com o processo, seria castigado por forças fiéis ao coronel, os chamados jagunços.
O prestígio do coronel dependia da capacidade de arregimentar eleitores, controlando suas expressões políticas e garantindo que seus aliados conquistassem os cargos almejados para a manutenção da lógica de poder. Essa intervenção criminosa lhe dava privilégios junto ao governo estadual e federal e resguardava seus domínios, pois toda a estrutura política era composta por coronéis.
No entanto, e coronelismo declina com o avanço social. O êxodo rural tira poder dos coronéis e fortalece estruturas políticas urbanas. O centro da política sai das mãos de fazendeiros e cai nas mãos de industriais e de partidos que representam o proletariado urbano. Também o rádio e, mais tarde, a televisão colaboram para esclarecer a população, fiscalizar o processo político e inibir as práticas do coronelismo.
A lógica da troca de favores continua até os dias atuais, mesmo com todo o esclarecimento, liberdade e fiscalização aprimorados pelo tempo. O Coronelismo ainda é prática corriqueira principalmente no interior e nos locais mais afastados do Brasil. Um dos modos mais comuns de exercer a pressão junto aos eleitores sem que se recorra às práticas violentas de outrora são a compra de votos, ou a troca destes por favores e presentes e a manipulação de informações.
Alguns consideram que não houve grandes mudanças e que o que temos hoje é apenas um coronelismo moderno, que se utiliza de novos métodos para os mesmos fins de antes. A consciência política que extinga de vez as práticas coronelistas ainda é uma construção inacabada.

COMO IDENTIFICAR O VOTO DE CABRESTO NOS DIAS DE HOJE

Do final da república dos coronéis até os dias de hoje, muita coisa mudou. Hoje o voto não é mais aberto, não há mais como saber em quem o eleitor votou, então é possível escolher de forma livre e direta o candidato preferido. Porém, na prática, podemos identificar situações que nos remetem a um voto de cabresto moderno, mesmo com tantos avanços e conquistas.
O fenômeno ocorre com maior frequência em cidades do interior brasileiro, onde a principal fonte de renda é a prefeitura. As pessoas podem se ver obrigadas a votar em determinado candidato, talvez não mais pela coerção física, mas sim pela força psicológica, o medo. O medo de se verem sem o emprego e, consequentemente, sem renda paralisa as pessoas que preferem votar em quem lhes é imposto do que enfrentar o poder em prol de seus ideais.
Outros, por sua vez, diante da realidade de miséria em que vivem, “optam” por aquele candidato que possa suprir suas necessidades básicas em um curto prazo, por exemplo: entrega de cestas básicas, pagamento de despesas com água e luz, compra de material de construção, promessa de emprego, entre outros. Tudo isso se configura como um voto de cabresto moderno.
Contudo, graças ao fortalecimento da Justiça Eleitoral, tais práticas são denunciadas e seus responsáveis punidos. Até outubro de 2017, desde as eleições de 2016 (eleições municipais), 49 governantes já haviam perdido o cargo por problemas como compra de voto, abuso de poder econômico e político e propaganda eleitoral irregular.



Exercícios 
1) O que significa o termo coronelismo?
2) Como os coronéis passam a ganhar mais poder no inicio da Republica?
3) O que significa voto de cabresto? 
4) Como os coronéis começaram a perder seu poder politico?
5) Desde 1932 o voto é secreto no Brasil. Pensando no voto de cabresto, qual a importância do voto secreto no Brasil
6) Reflita sobre a questão da venda de votos nos dias atuais. Você já viu algum politico oferecer vantagens para conseguir votos? Na sua opinião quais as consequências desse tipo de pratica e como podemos combatê-la?

2 comentários:

  1. bom dia professora historia eu sou do nono b eu terminei sua lição de hoje e de todas, professora e as nota como é que fica do 1 bimestre

    ass:Douglas Teixeira do 9B

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  2. Boa tarde Douglas tudo bem. Ainda não consigo te responder sobre notas, estamos todos aguardando orientação da secretária de educação sobre como vai ficar essa parte. Mas fique tranquilo, continue fazendo as atividades direitinho como você já está fazendo e se cuidando. Um abraço

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Obrigado pelo comentário, responderemos o mais breve possível.